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Efeitos sistémicos

Intoxicação crónica por percloroetileno: é realmente perigoso?

Está muito ligada a via oral e tem como alvo preferencial o sistema nervoso. Porém, também o fígado e os rins são outros orgãos alvos associados quer à exposiçao por via oral, quer por inalação.

 

Devido aos diferentes efeitos de primeira passagem dependendo da via usada, os investigadores derivam mais a sua atenção para a inalação.

 

A neurotoxicidade foi posta em evidência através de controlos feitos em camaras de gás e em dados epidemiologicos tendo em conta padroes normais de comportamento neuronal e capacidade visual.

 

A exposição crónica ao tetracloroetileno provoca alterações cognitivas, motoras, comportamentais e visuais. Outros efeitos incluem problemas no sistema reprodutor, imunitário e sanguíneo

 

       Estudos post-mortem evidenciam alterações no DNA, RNA e proteínas.

 

Estudos evidenciam que o LOAEL em relação a alterações cognitivas e no tempo de reação em pessoas sujeitas a uma grande exposição ao percloroetileno é de 156 mg/m3, quando o normal é de 56 mg/m3. Isto sugere que existe uma diminuição da dose/resposta. Já relativamente a alteração da cor da visão, o LOAEL normal é de 15 mg/m3 e as pessoas expostas cronicamente apresentam 42 mg/m3.

 

A exposição crónica leva a alterações congitivas entre 4 a 30% das pessoas expostas que a ela estão sujeitas.

 

 

 

 

 

Segundo a guideline da EPA para o percloroetileno, todas as vias de exposição ao percloroetileno são carcinogénicas.

 

Em scasos mais graves o percloroetileno pode levar a alterações neurológicas desde doenças mentais, efeitos visuais, alteração da precepção espacial, memória e capacidade de aprendizagem, função motora, altrações no humor e doença de Parkinson.

 

Potencial carcinogénico

A agência internacional da investigação de cancro classificou o percloroetileno como um composto pertencente ao Grupo 2A dentro dos compostos carcinogénicos.

Fontes:

Sociedade Americana de Cancro - http://www.cancer.org/cancer/cancercauses/othercarcinogens/intheworkplace/tetrachlorethylene-perchloroethylene

 

Monografias da IARC (agência internacional de investigação do câncro) - http://monographs.iarc.fr/ENG/Classification/index.php

 

TOXNET, Hazardous Substances Data Bank - http://toxnet.nlm.nih.gov/cgi-bin/sis/search/r?dbs+hsdb:@term+@rn+@rel+127-18-4

 

Guyton, K., Z., et al (2014) Human Health Effects of Tetrachloroethylene: Key Findings and Scientific Issues Hepatic and Renal Toxicities Associated with Perchloroethylene. Environmental Health Prespectives 122 (4), 325-332

 

Vlaanderen, J., Straif, K., Ruder, A., Blair, A., Hansen, J., Lynge, E., et al. (2014). Tetrachloroethylene Exposure and Bladder Cancer Risk: A Meta-Analysis of Dry-Cleaning-Worker Studies. Environmental Health Perspectives: 1-27.

 

Ma, J., Lessner, L., Schreiber, J. And Carpenter, D.O. (2009). Association between Residential Proximity to PERC Dry Cleaning Establishments and Kidney Cancer in New York City. Journal of Environmental and Public Health, 2009: 1-7.

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