Absorção Vias
Inalação
Oral
Considerada a principal forma de exposição. A absorção é rapida, contudo o equilíbrio nos tecidos só ocorre após algumas horas. A quantidade absorvida é directamente proporcional à taxa de ventilação pulmonar, ou seja, quanto mais inspirarmos, mais será absorvido.
É também proporcional ao tempo de exposição.
Demora mais de 4 horas a diminuir para menos de 75% do total de percloroetileno inalado.
De qualquer forma a absorção é sempre muito rápida e próxima dos 100%, sendo o percloroetileno absorvido ao nível do intestino.
Dérmica
A absorção dérmica através a exposição a vapores é relativamente insignificante (cerca de 1%) quando comparada com a inalação dos mesmos vapores. Por outro lado o contacto dérmico com o percloroetileno líquido leva a níveis de absorção mais elevados.
Estudos em animais demonstram que após a administração do percloroetileno via oral, as concentrações sanguíneas atingem o máximo 15 a 30 minutos após essa mesma administração. A biodisponibilidade sistémica, normalmente é maior do que 80%. Uma vez absorvido, é rapidamente distribuido pelo corpo e facilmente passa para os tecidos, encontrando um equilibrio com o sangue em poucos minutos.
Através da inalação, o tetracloroetileno é rapidamente absorvido.
Distribuição

Devido à sua lipofilicidade, as maiores concentrações são encontradas no tecido adiposo. Nos humanos. O ratio tecido adiposo-sangue é de 90:1. Também se encontram grandes concentrações no figado e cérebro (neste ultimo caso 4 a 8 vezes a concentração sanguínea).
Após uma exposição fatal ao tetracloroetileno, foram encontradas concentrações 8 vezes maiores no cérebro do que no sangue.

O tetracloroetileno pode igualmente passar a placenta e distribuir-se quer pelo feto quer pelo liquido amniótico.
Eliminação
A eliminação do tetracloroetileno é baixa pois está continuamente a ser libertado das suas reservas no tecido adiposo.
Estudo com ratos usando tetracloroetileno marcado com isótopos de carbono, permitiu concluir que mais de 70% da dose administrada oralmente ou inalada conseguia ser recuperada totalmente através do ar expirado.
As fezes e a urina contém a maior parte das frações excretadas, juntamente contado com 23% da dose administrada. Outra pequena parte é em CO2.
Quando estudadas a capacidade de eliminação do tetracloroetileno através da urina, verificava-se que existia um equilibro quando as concentrações no ar eram de 100ppm.
Após exposição dérmica em voluntarios durante 40 minutos, verificou-se que grandes concentrações de PCE eram exteriorizadas através do ar vindo dos pulmões. Estas mediçoes foram feitas 5 horas apos a exposição.
Parâmetros relevantes
Total de uma dose recuperável
0,82 em proporção com 1ppm administrada
Ratio TCA/intake
Na urina= 0,004
Coeficiente de partição
Relação Ar-Sangue
Durante a exposição=9,40
Após a exposição= 23,65
Retenção alveolar
0,65 % de 1ppm
Clearence
CL (calculada apartir do coeficiente de variação)= 0,115 l/min
LC50
Oral: 2630 mg/kg em ratos;
Dérmica: >3230mg/kg em coelhos;
Inalação: 4100 em ratos.

Fontes:
Toxicological Review of Tetrachloroethylene (Perchloroethylene) (2012) U.S. Environmental Protection Agency